quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

A vontade que superou o medo!

No meu último post expliquei a minha ausência e terminei com um medo de voltar a engravidar que ainda era maior do que a vontade de ser mãe. Mesmo tendo este desejo tão forte e há tanto tempo, depois de uma perda gestacional o pânico de voltar a acontecer era tanto que nem conseguia pensar em engravidar novamente.

Com o passar do tempo e algum trabalho emocional, a vontade de gerar um bebé foi voltando a ficar mais forte, o medo nunca desapareceu mas aquele sentimento de querer ter um bebé nos braços foi-se intensificando mais e mais... Passados uns bons meses lá nos decidimos a largar os contracetivos e sem grandes expectativas ver o que acontecia, e não foi preciso esperar muito pois logo no primeiro mês, antes sequer de recomeçar medições de temperatura ou mapeamento do ciclo já tinha acontecido, voltei a engravidar e um misto de emoções apoderou-se de mim. 

O medo ainda era muito e se da anterior gravidez soube logo que estava grávida, desta vez os sintomas estavam mais camuflados ou eu estava em negação e só fiz o teste depois de alguns dias de atraso. 

A notícia da gravidez foi bem recebida, mas não conseguimos festejar e foi um segredo só nosso durante as primeiras semanas. Fui à primeira consulta, onde se marcou logo uma ecografia para datar a gravidez e confirmar se estava tudo bem. 

E lá fomos, às 7 semanas vimos o nosso bebé pela primeira vez, estava tudo bem e apesar de ainda muito reticentes lá nos decidimos a contar a novidade a quem convivia diariamente connosco. 

Às 8 semanas, o tempo da perda anterior, houve um respirar de alívio, como se a primeira meta tivesse sido ultrapassada. Mas essa sensação durou pouco tempo quando passados 4 dias acordei durante a noite e tinha sangramento ao limpar. A caminho do hospital, as afirmações positivas foram a minha ajuda, repetia-as como se fossem mantras: "O meu corpo protege o meu bebé"; "Eu tenho uma gravidez saudável e um bebé saudável"; "Eu confio no meu corpo". 

Não era fácil dizer ou pensar nestas frases, quando há tão pouco tempo eu me tinha sentido tão traída pelo meu corpo, mas quanto mais repetia mais me acalmava e lá chegámos ao hospital. Felizmente fomos rapidamente atendidos, e fiquei bem melhor depois daquela frase "Está tudo bem com o seu bebé!".

O susto deveu-se a um descolamento de placenta com recomendação de ficar em casa, e aguardar para ver como evoluía, e felizmente não passou disso. Portanto o medo tem estado sempre presente nesta gravidez, bem forte, mas a confiança no meu corpo foi aumentando cada vez mais, portanto brevemente venho contar mais aventuras desta nova caminhada, espero eu que com mais frequência.

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